segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Fuvest 2013 - 2ª fase ( 4 questões e redação)


1) Leia o texto: Ditadura / Democracia

    A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo
reclama, ninguém vive satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura o que  acha do seu país, ele responde sem hesitação: “Não posso me queixar”.
(Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos.)

a) Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua resposta.
b) Reescreva a segunda parte do texto (de “Mas” até “queixar”), pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as modificações necessárias.



2) Leia o excerto: 
     Ninguém mais vive, reparou? Vivencia. “Estou vivenciando um momento difícil”, diz Maricotinha. Fico penalizado, mas ficaria mais se Maricotinha estivesse passando por ou vivendo aquele momento difícil. Há uma diferença, diz o dicionário. Viver é ter vida, existir. Vivenciar também é viver, mas implica uma espécie de reflexão ou de sentir. Não é o caso de Maricotinha. O que ela quer dizer é viver, passar por. Mas disse vivenciar porque é assim que, ultimamente, os pedantes a ensinaram a falar.
(Ruy Castro, Folha de S. Paulo, 27 de junho de 2012. Adaptado.)

a) Da personagem José Dias, diz o narrador do romance  Dom Casmurro, de Machado de Assis: “José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases”. Em que o comportamento linguístico de Maricotinha, tal como o caracteriza o texto, se compara ao da personagem machadiana?
b) Quem já ............................................... a perda de um parente conhece a dor que estou sentindo. Preencha a lacuna da frase acima, utilizando o verbo viver ou o verbo vivenciar, de acordo com a preferência do autor do texto. Justifique sua escolha.
c) No trecho “os pedantes a ensinaram a falar”, a palavra “pedante”, considerada no contexto, pode
ser substituída por ...............................................

3)  Leia as seguintes manchetes:
Grupo I 
* Esperada, na Câmara, a mensagem pedindo a decretação do estado de guerra (Jornal do Brasil, 07 de outubro de 1937) 
* Encerrou seus trabalhos a Conferência de Paris (Folha da Manhã, 16 de julho de 1947.)
* Causaram viva apreensão nos E.U.A. os discos voadores ( Folha da Manhã, 30 de julho de 1952)
Grupo II
* Quase metade dos médicos receita o que indústria quer (Folha de S. Paulo, 31 de maio de 2010.)
* Novo terminal de Cumbica atenderá 19 milhões ao ano (Folha de S. Paulo, 26 de junho de 2011.)
* MEC divulga hoje resultados do Enem por escolas (Zero Hora, 22 de novembro de 2012.)

a) Cada um dos grupos de manchetes acima reproduzidos, por ter sido escrito em épocas diferentes,
caracteriza-se pelo uso reiterado de determinados recursos linguísticos. Indique um recurso linguístico que caracteriza as manchetes de cada um desses grupos.
b) Manchetes jornalísticas costumam suprimir vírgulas. Transcreva a última manchete de cada grupo,
acrescentando vírgulas onde forem cabíveis, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

4) Examine o seguinte anúncio publicitário:  


 a) Qual é a relação de sentido existente entre a imagem de uma folha de árvore e as expressões  “Mapeamento logístico” e “caminho”, empregadas no texto que compõe o anúncio acima  reproduzido? 
b) A que se refere o advérbio “aqui”, presente no texto do anúncio? 

Redação


        Esta é a reprodução (aqui, sem as marcas normais dos anunciantes, que foram substituídas por X de um anúncio publicitário real, colhido em uma revista, publicada no ano de 2012. Como toda mensagem, esse anúncio, formado pela relação entre imagem e texto, carrega pressupostos e implicações: se o observarmos bem, veremos que ele expressa uma determinada mentalidade, projeta uma dada visão de mundo, manifesta uma certa escolha de valores e assim por diante.
        Redija uma dissertação em prosa, na qual você interprete e discuta a mensagem contida nesse anúncio, considerando os aspectos mencionados no parágrafo anterior e, se quiser, também outros aspectos que julgue relevantes. Procure argumentar de modo a deixar claro seu ponto de vista sobre o assunto.

Resolução 1) 
a) O trecho que apresenta duplo sentido é “Não posso me queixar”, que pode ser entendido de duas formas: “não tenho de que me queixar, estou satisfeito”, ou “não tenho permissão para me queixar, pois posso ser punido caso me manifeste”.
b) Mas se você perguntar a quaisquer cidadãos de uma ditadura o que acham de seu país, eles respondem, sem hesitação: Não podemos nos queixar.

Resolução 2) 
a) O comportamento linguístico de José Dias consiste em “dar feição monumental às ideias”, ou seja, em
atribuir-lhes uma aparência engrandecedora. Esse cacoete equivale à preferência de Maricotinha por vivenciar em lugar de  viver, pois aquele verbo teria, supostamente, uma carga semântica mais “nobre”.
b) O verbo que preenche adequadamente a lacuna é viver: Quem já  viveu  a perda de um parente
conhece a dor que estou sentindo. Para o autor, viver, e não vivenciar, deve ser empregado no sentido de “passar por uma experiência”, pois vivenciar implicaria também uma atitude reflexiva.
c) O vocábulo “pedante” pode ser substituído por “pretensioso”, no sentido de “aquele que se pre tende culto, alardeando conhecimento que não possui”.

Resolução 3) 
a) No Grupo I, as manchetes se iniciam pelos verbos (“Esperada”, “Encerrou” e “Causaram”). Assim, põe-se em relevo a ação praticada, não o agente que a praticou, visto que os sujeitos dessas manchetes estão pospostos: “a mensagem”, “a Conferência de Paris”, “os discos voadores”. No Grupo II, as manchetes não estão com os termos das orações invertidos, pois elas se iniciam pelo sujeito: “Quase metade dos médicos”, “Novo Terminal de Cumbica” e “MEC”. Dessa forma, destacam-se os sujeitos e não apenas as ações a eles atribuídas.
b) Nas últimas orações de cada grupo, as vírgulas podem ser empregadas para isolar os adjuntos
adverbiais intercalados:
I) Causaram viva apreensão, nos EUA, os discos voadores.
II) MEC divulga, hoje, resultados do ENEM por escolas.

Resolução 4) 
a) A imagem da folha de árvore apresenta nervuras, que possuem semelhança com um mapa “logístico”, ou seja, um mapa que representa pictoricamente a organização de pormenores de deslocamento.
b) O advérbio “aqui” tanto pode referir-se ao mapeamento logístico da Amazônia, quanto ao respeito
pela natureza, representada pela imagem da folha de árvore.






           

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

65 anos da morte de Gandhi



     Mohandas Karamchand Gandhi, dito Mahatma, que em sânscrito significa "grande alma", foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado Indiano e um defensor do princípio da não-violência como um meio de protesto.
      Gandhi casou-se aos 14 anos com Kasturbai, da mesma idade, numa união acertada entre as famílias. O casal teve quatro filhos. Aos 19 anos foi estudar direito na Universidade de Londres. Após se formar, passou a trabalhar como advogado em Durban,África do Sul (1893).
      Sua trajetória política começou marcada por um acidente em um trem. Gandhi viajava na primeira classe quando solicitaram que se transferisse para a terceira classe, por ele não ser branco. Ao recusar-se, foi jogado para fora do trem. O episódio fez com que ele começasse a advogar contra as leis discriminatórias vigentes.
      Gandhi foi preso em 6 de novembro de 1913, enquanto liderava uma marcha de mineiros indianos que trabalhavam na África do Sul. 
     Durante a  Primeira Guerra Mundial,  retornou à Índia e, após o seu término, envolveu-se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência.
      Ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto. Por esses motivos, sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas.
      Outra estratégia de Gandhi pela independência era o boicote aos produtos importados. Todos os indianos deveriam usar vestimentas caseiras, em vez de comprar os produtos têxteis britânicos. O tear manual, símbolo de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana.
     Sua posição pró-independência endureceu após o Massacre de Amritsar em 1920, quando soldados britânicos mataram centenas de indianos que protestavam pacificamente contra medidas autoritárias do governo britânico.
     Uma de suas mais eficientes ações foi a marcha do sal, que começou em 12 de março de 1930 e terminou em 5 de abril, quando Gandhi levou milhares de pessoas ao mar a fim de coletarem seu próprio sal, em vez de pagarem a taxa prevista sobre o sal comprado.
      Em 8 de maio de 1933, Gandhi começou um jejum que durou 21 dias em protesto à "opressão" britânica contra a Índia. Em Bombaim, no dia 3 de março de 1939, Gandhi jejuou novamente em protesto às regras autoritárias para a Índia.
    Durante a Segunda Guerra Mundial,  Gandhi deixou claro que não apoiaria a causa britânica. Foi preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos.
     Gandhi posicionou-se contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois Estados, o que acabou acontecendo, com um Estado denominado Índia, predominantemente hindu, e o Paquistão, predominantemente muçulmano.
     No dia 20 de janeiro de 1948, após um jejum em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses, Gandhi sofreu um atentado. Uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido. Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, ele foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por um hindu radical.
   O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas jogadas no rio Ganges. Assim, há 65 anos, o mundo perdia uma de suas mais famosas personalidades. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Leitura obrigatória para USP e UNICAMP 2014


Para os processos seletivos  da USP e da Unicamp 2014, são os seguintes os livros obrigatórios para leitura: 
*  Viagens na Minha Terra (Almeida Garrett)
* Til (José de Alencar)
* Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel Antonio de Almeida)
 * Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) (neste blog, você encontra um post sobre esta obra)
 * O Cortiço (Aluísio Azevedo)
 * A Cidade e as Serras (Eça de Queirós)
*  Vidas Secas (Graciliano Ramos)
* Capitães da Areia (Jorge Amado) 
* Sentimento do Mundo (Carlos Drummond de Andrade).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um confuso bate-boca (Ferreira Gullar)


O fato mesmo é o seguinte: não há produção e venda de mercadoria alguma se não houver consumidor
      Um novo projeto de lei, que deve ser votado pelo Congresso em fevereiro, trouxe de novo à discussão o problema das drogas: reprimir ou descriminalizar?
     Esse projeto pretende tornar mais severa a repressão ao tráfico e ao uso de drogas, alegando ser esse o desejo da sociedade. Quem a ele se opõe argumenta com o fato de que a repressão, tanto ao tráfico quanto ao uso de drogas, não impediu que ambos aumentassem.
     Quem se opõe à repressão considera, com razão, não ter cabimento meter na prisão pessoas que, na verdade, são doentes, dependentes, consumidores patológicos. Devem ser tratados, e não encarcerados. No entanto, quem defende o tratamento em vez da prisão se opõe à internação compulsória do usuário porque, a seu ver, isso atenta contra a liberdade do indivíduo.
      Esse é um debate que não chega a nada nem pode chegar. Se você for esperar que uma pessoa surtada aceite ser internada para tratamento, perderá seu tempo.
     Pergunto: um pai, que interna compulsoriamente um filho em estado delirante, atenta contra sua liberdade individual? Deve, então, deixar que se jogue pela janela ou agrida alguém? Está evidente que, ao interná-lo, faz aquilo que ele, surtado, não tem capacidade de fazer.
     Mas a discussão não acaba aí. Todas as pessoas que consomem bebidas alcoólicas são alcoólatras? Claro que não. A vasta maioria, que consome os milhões de litros dessas bebidas, bebe socialmente. Pois bem, com as drogas é a mesma coisa: a maioria que as consome não é doente, consome-as socialmente, e muitos desses consumidores são gente fina, executivos de empresas, universitários etc..
    Só que a polícia quase nunca chega a eles, pois estes não vão às bocas de fumo comprar drogas. Sem correrem quaisquer riscos, as recebem e as usam. Ninguém vai me convencer de que os milhões de reais que circulam no comércio das drogas são apenas dinheiro de pé-rapado que a polícia prende nas favelas ou debaixo dos viadutos.
     Outro argumento falacioso dos que defendem a descriminalização das drogas é o de que a repressão ao tráfico e ao consumo não deu qualquer resultado positivo. Pelo contrário -argumentam eles-, o tráfico e o consumo só aumentaram.
     É verdade, mas, se por isso devemos acabar com o combate ao comércio de drogas, deve-se também parar de combater o crime em geral, já que, embora o sistema judicial e o prisional existam há séculos, a criminalidade só tem aumentado em todo o planeta. Seria, evidentemente, um disparate. Não obstante, esse é o argumento utilizado para justificar a descriminalização das drogas.
     A maneira certa de encarar tal questão é compreender que nem todos os problemas têm solução definitiva e, por isso mesmo, exigem combate permanente e incessante.
     A verdade é que, no caso do tráfico, como no da criminalidade em geral, se é certo que a repressão não os extingue, limita-lhes a expansão. Pior seria se agissem à solta.
     Quantas toneladas de cocaína, crack e maconha são apreendidas mensalmente só no Brasil? Apesar disso, a verdade é que cresce o número de usuários de drogas e, consequentemente, a produção delas. Os traficantes têm plena consciência disso, tanto que, para garantir a manutenção e o crescimento de seu mercado, implantam gente sua nas escolas a fim de aliciar meninos de oito, dez anos de idade.
      Por tudo isso, deve-se reconhecer que o combate ao tráfico é particularmente difícil, já que, nesse caso, a vítima -isto é, o consumidor- alia-se ao criminoso contra a polícia. Ou seja, ela inventa meios e modos para conseguir que a droga chegue às suas mãos, anulando, assim, a ação policial.
    O certo é que este bate-boca não leva a nada. O fato mesmo é o seguinte: não há produção e venda de mercadoria alguma se não houver consumidor.
    Só se fabricam automóvel e geladeira porque há quem os compre. O mesmo ocorre com as drogas: só há produção e tráfico de drogas porque há quem as consuma. Logo, a maneira eficaz de combater o tráfico de drogas é reduzindo-lhe o consumo.
   E a maneira de conseguir isso é por meio de uma campanha de âmbito nacional e internacional, maciça, mostrando às novas gerações -principalmente aos adolescentes- que a droga destrói sua vida.

(Fonte: Ferreira Gullar - Folha de S. Paulo - 13/1/13)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


16 de janeiro de 2013: 20 anos de casados - Má & Lou

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ADÃO ITURRUSGARAI

(Fonte: Folha de S. Paulo -  ADÃO ITURRUSGARAI - 14/1/2013)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Unesp 2ª fase 2013- algumas questões e redação


Instrução: As questões de números 25 a 28 tomam por base uma crônica de Clarice Lispector (1925-1977) e uma passagem do Manual do Roteiro, do professor de Técnica do roteiro, consultor e conferencista Syd Field.

Escrever

        Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
       Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.
        Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva. Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida   que não foi abençoada.
       Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Fico assim à mercê do tempo. E, entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.
        Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.
(Clarice Lispector. A descoberta do mundo, 1999.)

Escrevendo o roteiro

      Escrever um roteiro é um fenômeno espantoso, quase misterioso. Num dia você está com as coisas sob controle, no dia seguinte sob o controle delas, perdido em confusão e incerteza. Num dia tudo funciona, no outro não; ninguém sabe como ou por quê. É o processo criativo; que desafia análises; é mágica e maravilha.
     Tudo o que foi dito ou registrado sobre a experiência de escrever desde o início dos tempos resume-se a uma coisa — escrever é sua experiência particular, pessoal. De ninguém mais.
     Muita gente contribui para a feitura de um filme, mas o roteirista é a única pessoa que se senta e encara a folha de papel
em branco.
     Escrever é trabalho duro, uma tarefa cotidiana, de sentar-se diariamente diante de seu bloco de notas, máquina de escrever ou computador, colocando palavras no papel. Você tem que investir tempo.
    Antes de começar a escrever, você tem que achar tempo para escrever.
    Quantas horas por dia você precisa dedicar-se a escrever?
     Depende de você. Eu trabalho cerca de quatro horas por dia, cinco dias por semana. John Millius escreve uma hora por dia, sete dias por semana, entre 5 e 6 da tarde. Stirling Silliphant, que escreveu The Towering Inferno (Inferno na Torre), às vezes escreve 12 horas por dia. Paul Schrader trabalha com a história na cabeça por meses, contando-a para as pessoas até que ele a conheça completamente; então ele “pula na máquina” e a escreve em cerca de duas semanas. Depois ele gastará semanas polindo e consertando a história.
      Você precisa de duas a três horas por dia para escrever um roteiro.
      Olhe para a sua agenda diária. Examine o seu tempo. Se você trabalha em horário integral, ou cuidando da casa e da família, seu tempo é limitado. Você terá que achar o melhor horário para escrever. Você é o tipo de pessoa que trabalha melhor pela manhã? Ou só vai acordar e ficar alerta no final da tarde? Tarde da noite pode ser um bom horário. Descubra.
(Syd Field. Manual do roteiro, 1995.)

    1)  Clarice Lispector coloca inicialmente o processo da criação literária como uma maldição. Em seguida, ressalva que é também uma salvação. Com base no texto da crônica, explique como a autora resolve essa diferença de conceitos sobre a criação literária.


    2) Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem. Explique, com base no primeiro parágrafo do texto Escrevendo o roteiro, se Syd Field concorda com esta afirmação de Clarice Lispector.

   3) Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. Ao empregar na frase apresentada o advérbio eventualmente, o que revela Clarice Lispector sobre a criação de um conto ou romance?

    4) No sétimo parágrafo do texto de Syd Field, que informação o autor passa ao aprendiz de roteirista com os diversos exemplos que apresenta?

Redação: Proposição

      Desde pequeno, você vem sendo submetido, na escola, à prática de escrever. Com o passar do tempo, as exigências se tornaram cada vez maiores para que você aumentasse a qualidade de seus textos e não demorou muito para perceber que lá adiante, no fim do túnel do Ensino Médio, haveria uma prova muito importante, com bom peso na nota: a redação no vestibular. Nesse trajeto, em muitos momentos, você se perguntou: Afinal, para que escrever? Para que fazer uma boa redação? Só para passar no vestibular? Na era da internet, para que eu tenho de aprender a redigir, se a comunicação visual funciona muito melhor? Eu não sou escritor, não preciso saber criar textos!
      É isso o que você pensa mesmo? Ou são apenas desabafos? Pois chegou a hora de dizer realmente o que pensa sobre o escrever. Para Clarice Lispector, escrever é maldição e salvação. Para Syd Field, é uma atividade profissional muito importante dentro da atividade geral da arte cinematográfica. E para você?
       Com base nestes comentários, em sua própria experiência e, se achar necessário, levando em consideração os textos de Clarice Lispector e Syd Field, escreva uma redação de gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: Escrever: o trabalho e a inspiração






domingo, 13 de janeiro de 2013


Brigadeiros DaLou na panelinha! Para comer de colher, nestes dias chuvosos...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

ITA 2013 (14 questões e redação)


As questões 1 a 6 referem-se ao Texto 1:   Escravos da tecnologia

      Não, não vou falar das fábricas que atraem trabalhadores honestos e os tratam de forma desumana. Cada vez que um produto informa orgulhoso que foi desenhado na Califórnia e fabricado na China, sinto um arrepio na espinha. Conheço e amo essas duas partes do mundo. 
      Também conheço a capacidade de a tecnologia eliminar empregos. Parece o sonho de todo patrão:
muita margem de lucro e poucos empregados. Se possível, nenhum! Tudo terceiro! 
     Conheço ainda como a tecnologia é capaz de criar empregos. Vivo há 15 anos num meio que disputa engenheiros e técnicos a tapa, digo, a dólares. O que acontece aí no Brasil, nessa área, acontece igualzinho
no Vale do Silício: empresas tentando arrancar talentos umas das outras. Aqui, muitos decidem tentar a sorte abrindo sua própria start-up, em vez de encher o bolso do patrão. Estou rodeada também de investidores querendo fazer apostas para... voltar a encher os bolsos ainda mais.
       Mas queria falar hoje de outro tipo de escravidão tecnológica. Não dos que dormiram na rua sob chuva para comprar o novo iPhone 4S... Quero reclamar de quanto nós estamos tendo de trabalhar de graça para os sistemas, cada vez que tentamos nos mover na internet. Isso é escravidão – e odeio isso.
    Outro dia, fiz aniversário e fui reservar uma mesa num restaurante bacana da cidade. Achei o site do restaurante, lindo, e pareceu fácil de reservar on-line. Call on OpenTable, sistema bastante usado e eficaz por aqui. Escolhi dia, hora, informei número de pessoas e, claro, tive de dar meu nome,  e-mail e telefone. 
       Dois dias antes da data marcada, precisei mudar o número de participantes, pois tive confirmação de mais pessoas. Entrei no site, mas aí nem o site nem o OpenTable podiam modificar a reserva on-line, pela proximidade do jantar. A recomendação era... telefonar ao restaurante! Humm... Telefonei. Secretária eletrônica. Deixei recado.
     No dia seguinte um funcionário do restaurante me ligou, confirmando ter ouvido o recado e tudo certo com o novo tamanho da mesa. Incrível! Que felicidade ouvir um ser humano de verdade me dando a resposta que eu queria ouvir! Hoje, tentando dar conta da leitura dos vários e-mails que recebo, tentando arduamente não perder os relevantes, os  imprescindíveis, os dos amigos, os da família e os dos leitores, recebi um do OpenTable. 
       Queriam que avaliasse minha experiência no restaurante.  Tudo bem, concordo que ranking do público é coisa legal. Mas posso dizer outra coisa?
       Não tenho tempo de ficar entrando em sites  e preenchendo questionário de avaliação de cada refeição, produto e serviço que usufruo na vida! Simples assim! Sem falar que é chato! Ainda mais agora que os crescentes intermediários eletrônicos se metem no jogo entre o cliente e o fornecedor. 
       Quando o garçom ou o “maitre” perguntam se a comida está boa, você fica contente em responder, até porque eles podem substituir o prato se você não estiver gostando. Mas quando um terceiro se mete nessa relação sem ser chamado, pode ser excessivo e desagradável. Parece que todas as empresas do mundo decidiram que, além de exigir informações cadastrais, logins e senhas, e empurrar goela abaixo seus sistemas automáticos de atendimento, tenho agora de preencher fichas pós-venda eletronicamente, de modo que as estatísticas saiam prontas e baratinhas para eles do outro lado da tela, à custa do meu precioso tempo!
       Por que o OpenTable tem de perguntar de novo o que achei da comida? Eu sei. Porque para o OpenTable essa informação tem um valor diferente. Não contente em fazer reservas, quis invadir a praia do Yelp, o grande guia local que lista e traz avaliações dos clientes para tudo quanto é tipo de serviço, a começar pelos restaurantes.
        O Yelp, por sua vez, invadiu a praia do Zagat (recém-comprado pelo Google), tradicionalíssimo guia (em papel) de restaurantes, que, por décadas, foi alimentado pelas avaliações dos leitores, via correio.
        As relações cliente-fornecedor estão mudando. Não faltarão “redutores” de custos e atravessadores on-line.
(*) Start-up: Empresa com baixo custo de manutenção, que consegue crescer rapidamente e gerar grandes e crescentes lucros  em condições de extrema incerteza.  

(Marion Strecker. Folha de S. Paulo, 20/10/2011. Texto adaptado.) 

  
1)  Embora todas as afirmações abaixo estejam respaldadas no texto, o foco da crítica está
a) na venda de produtos e serviços por meio de empresas virtuais.
b) no consumo das pessoas em empresas virtuais atualmente.
c) na intermediação da Internet nas relações consumidores e empresas.
d) nas pessoas que se deixam explorar pelas empresas virtuais.
e) nas pesquisas de opinião que consumidores fazem gratuitamente para as empresas virtuais.

2) O aspecto da noção de sistema criticado no texto diz respeito
a) à fabricação de produtos tecnológicos em mais de um país.
b) ao uso de mecanismos computacionais para colher informações dos consumidores.
c) aos mecanismos eletrônicos para fazer reservas.
d) à forma como foram elaborados os guias Yelp e Zagat.
e) à terceirização da fabricação de produtos e da prestação de serviços.

3) Assinale a opção em que o trecho NÃO apresenta uma interpretação subjetiva da autora.
a) Parece o sonho de todo patrão: muita margem de lucro e poucos empregados.
b) Isso é escravidão – e odeio isso.
c) Dois dias antes da data marcada, precisei mudar o número de participantes, pois tive a confirmação de mais pessoas.
d) Tudo bem, concordo que ranking de público é coisa legal.
e) Mas quando um terceiro se mete nessa relação sem ser chamado, pode ser excessivo e desagradável.

4) Assinale a opção em que no trecho selecionado NÃO se evidencia o recurso à linguagem figurada.
a) Também conheço a capacidade de a tecnologia eliminar empregos.
b) Vivo há 15 anos num meio que disputa engenheiros e técnicos a tapa, digo, a dólares.
c) Aqui, muitos decidem tentar a sorte abrindo sua
própria start-up, em vez de encher o bolso do patrão.
d) Parece que todas as empresas do mundo decidiram que, além de exigir informações cadastrais, logins e senhas, e empurrar  goela abaixo seus sistemas automáticos de atendimento, [ .. .].
e) Não contente em fazer reservas, quis invadir a praia do Yelp, o grande guia local que lista e traz avaliações dos clientes para  tudo quanto é tipo de serviço, a começar pelos restaurantes.

5) Em diversos momentos do texto, a autora dialoga com o leitor, antecipando possíveis reações dele. Assinale a opção em que no trecho selecionado  NÃO há essa antecipação.
a) Não, não vou falar das fábricas que atraem trabalhadores honestos e os tratam de forma desumana.
b) Não dos que dormiram na rua sob chuva para comprar o novo iPhone 4S ...
c) Mas posso dizer outra coisa?
d) Eu sei. Porque para o OpenTable essa informação tem um valor diferente.
e) As relações cliente-fornecedor estão mudando.

6)  No trecho “Porque para o OpenTable essa informação tem um valor diferente.” , o segmento
grifado refere-se
a) à opinião do consumidor sobre a comida.
b) ao trabalho de fazer reservas.
c) às avaliações dos restaurantes.
d) às avaliações de todo tipo de serviço.
e) às fichas pós-venda eletrônicas.


As questões 7 a 9 referem-se ao Texto 2: Trecho de uma entrevista com o escritor canadense Don Tapscott. 
Jornalista:_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 
Don Tapscott: Quando falamos em informação livre, em transparência, falamos de governos, de empresas, não do ser  humano comum. As pessoas não têm obrigação de expor seus dados, seus gostos. Ao contrário, elas têm a obrigação  de manter a privacidade. Porque a garantia da privacidade é um dos pilares de nossa sociedade. Mas vivemos num  mundo em que as informações pessoais circulam, e essas informações formam um ser virtual. Muitas vezes, esse ser  virtual tem mais dados sobre você do que você mesmo. Exemplo: você pode não lembrar o que comprou há um ano, o  que comeu ou que filme viu há um ano. Mas a empresa de cartão de crédito sabe, o Facebook pode saber. Muitas  pessoas defendem toda essa abertura, mas isso pode ser muito perigoso por uma série de razões. Há muitos agentes  do mal por aí, pessoas que podem coletar informações a seu respeito para prejudicá-lo. Muitas vezes somos nós que 
oferecemos essa informação. Por exemplo, 20% dos adolescentes nos Estados Unidos enviam para as namoradas ou  namorados fotos em que aparecem nus. Quando uma menina de 14 anos faz isso, ela não tem ideia de onde vai parar  essa imagem. O namorado pode estar mal-intencionado ou ser ingênuo e compartilhar a foto. 
Jornalista: E as informações que não fornecemos, mas que coletam sobre nós por meio da visita a websites ou pelo  consumo?
Don Tapscott: Há dois grandes problemas. Um é o que chamo de Big Brother 2.0, que é diferente daquela ideia de ser  filmado o tempo todo por um governo. Esse Big Brother 2.0 é a coleta sistemática de informações feita pelos governos.  O segundo problema é o "little brother" – as empresas que também coletam informações a nosso respeito por razões  econômicas, para definir nosso perfil e nos bombardear com publicidade. Muitas empresas, como o Facebook, querem  é que a gente forneça mais e mais informações sobre nós mesmos porque isso tem valor. Às vezes, isso pode até ser  vantajoso. Se eu, de fato, estiver procurando um carro, seria ótimo receber publicidade de carros diretamente. Mas e se  essas empresas tentarem manipulá-lo?  Podem usar sofisticados instrumentos de psicologia para motivá-lo a fazer  alguma coisa sobre a qual você nem estava pensando.
Jornalista: O que podemos fazer para evitar isso?
Don Tapscott: Precisamos de mais leis sobre como essas informações são usadas. É necessário ficar claro que os  dados coletados serão usados apenas para um propósito específico e que esse conjunto de dados não pode ser  vendido para outros sem a sua permissão.  
(Folha de S. Paulo, 12/07/2012. Texto adaptado.)

7) Para o entrevistado, a coleta de informações
I.     por indivíduos pode ser prejudicial às pessoas.
II.    pelo “little brother” é mais danosa do que a pelo Big Brother 2.0.
III.   por empresas pode ser danosa se as pessoas não souberem para que são usadas.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) I.   b) I e III.    c)II.    d) II e III.     e) III.

8) Assinale a opção que apresenta a melhor pergunta do jornalista (1ª linha do texto) para a resposta do entrevistado.
a)  Qual sua opinião sobre o uso que as empresas fazem da Internet?
b) O senhor vê grandes mudanças na comunicação hoje, após o advento da Internet?
c) Qual sua opinião sobre o comportamento dos jovens hoje na Internet?
d) Hoje, quando tanto se fala de troca de informações on-line, como fica a questão da privacidade?
e)  Atualmente, por que os governos precisam de tantas informações sobre as pessoas comuns?

9) Na resposta de Don Tapscott para a segunda pergunta, uma forma típica da linguagem oral, cujo uso  NÃO é  recomendado para textos escritos formais é:
I.    a troca de pronome da primeira para a segunda pessoa do singular.
II.   a forma do pronome relativo em “sobre a qual”.
III.  o emprego do pronome pessoal oblíquo em “manipulá-lo” e “motivá-lo”.
Está(ão) correta(s) apenas:
A (  ) I.   B (  ) I e II.    C (  ) I e III.    D (  ) II.      E (  ) II e III.

10) Os Textos 1 (Escravos da tecnologia) e 2 (trecho de uma entrevista com Don Tapscott) têm em comum:
a) a crítica à exposição da privacidade dos usuários da Internet pelas empresas.
b)  as avaliações da autora (Texto 1) e do entrevistado (Texto 2) em relação ao uso atual da Internet.
c) o apontamento de mais aspectos positivos que negativos no uso da Internet.
d)  a crítica ao fornecimento voluntário de dados por usuários da Internet para as empresas.
e)  a ingenuidade dos internautas quanto ao fornecimento de informações.

As questões 11 e 12 referem-se ao Texto 3:

     Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um  para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de  uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um cara mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um  livro inteiro. Para completar, comia rápido e dormia pouco – e não conseguia se dedicar ao casamento conturbado, por  falta de tempo. Se identificou? Claro, quem não tem esses problemas? Passar horas no twitter ou no celular, correr de  um lado para o outro e ter pouco tempo disponível para tantas coisas que você tem que fazer são dramas que todo  mundo enfrenta. Mas esse não é um mal do nosso tempo. O rapaz da história aí em cima era ninguém menos que  Thomas Edison, o inventor da lâmpada. A década era a de 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber  mensagens, um telégrafo. O relato, que está em uma edição de 1910 do jornal New York Times, conta que quando  Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentração, parou tudo. Se fechou em seu escritório e se  focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu e patenteou mais de 2 mil invenções. [...] (Gisela Blanco.  Superinteressante, julho/2012)

11) O tema desse texto é:
a) o modo de viver de um cientista durante parte de sua vida.  
b) a dispersão de um cientista.
c)  a criatividade de um grande gênio da ciência.  
d)   a falta de tempo das pessoas.
e)  a dificuldade de concentração de pessoas ao longo dos tempos.

12)  O emprego da vírgula no trecho, “A década era a de 1870 e o aparelho que ele usava para mandar e receber  mensagens, um telégrafo.”, é semelhante em:
a) Para quem busca uma diversão na tarde de domingo, este filme é o mais recomendado.
b) Ainda que não sejam os de menor custo, os alimentos orgânicos são os mais indicados pelos nutricionistas.
c) O professor de desenho prefere os alunos criativos e o de lógica, os ousados na teoria.
d) Os testes de QI (Quociente de Inteligência), atualmente, são desacreditados por diversas correntes teóricas da Psicologia.
e) Pôr circuitos eletrônicos em envoltórios é uma prática comum, conhecida como encapsulamento.

As questões 13 e 14 referem-se ao Texto 4: 

      Nove em cada dez usuários de Internet recebem spams em seus e-mails corporativos, segundo estudo realizado  pela empresa alemã Antispameurope, especializada em lixo eletrônico virtual. Cada trabalhador perde, em média, sete  minutos por dia limpando a caixa de mensagens, e essa quebra na produtividade custa € 828 – pouco mais de R$ 2,3  mil – anuais às empresas.  
     Tomando-se como base os números apontados pela pesquisa, uma corporação de médio porte, com mil  funcionários, perde, portanto, € 828 mil por ano – ou R$ 2,3 milhões – com esta prática que é considerada, apesar de  simplória, uma verdadeira praga da modernidade. 
    O spam remete às mensagens não-solicitadas enviadas em massa, geralmente utilizadas para fins comerciais, e  pode de fato prejudicar consideravelmente a produtividade no ambiente de trabalho.  
       Um relatório da Symantec, empresa de segurança virtual, mostra que o Brasil é o segundo maior emissor de spam do mundo, com geração de 10% de todo o fluxo de mensagens indesejadas na rede mundial de computadores. Os  campeões são os norte-americanos, com 26%. [...] (Rodrigo Capelo.  http://www.vocecommaistempo.com.br. Acesso em: 23/09/2012.  Texto adaptado.)

13)  Um título que contempla o conteúdo abordado no texto é:
a)  Spam: Estados Unidos e Brasil lideram o ranking.  
b) Spam: preocupação de empresas europeias.
c) Spam: perda de tempo e prejuízos financeiros.    
d)  Spam: praga da modernidade.
e) Spam: nova forma de propaganda.

14) A expressão “apesar de simplória” no segundo parágrafo pode ser substituída por
a) embora efêmera.    
b)   no entanto fácil.  
c )  não obstante comum.
d) ainda que pouco complexa.  
e)  todavia rápida.

Proposta de Redação: 
       
       A partir da tirinha acima e  considerando os textos desta prova cujos temas se  aproximam ao da tirinha, redija uma dissertação em prosa, na folha a ela destinada, argumentando
em favor de um ponto de vista sobre o tema. A  redação deve ser feita com caneta azul ou preta.
          Na avaliação de sua redação, serão considerados:
a) clareza e consistência dos argumentos em  defesa de um ponto de vista sobre o assunto;
b) coesão e coerência do texto; e
c) domínio do português padrão.
    
Gabarito:
1) e
2) b
3) c
4) a
5) e
6) c
7) b
8) d
9) a
10) b
11) e
12) c
13) c
14) d

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Curso no Senac Itajubá: A Arte de Falar em Público

Senac Minas - Voltar à página principal




      e Professora Lou
   
 A Arte de Falar em Público

Objetivo
Proporcionar aos participantes o desenvolvimento de diferentes formas de comunicação com o público, para que possam estabelecer uma comunicação mais eficiente, clara e com maior poder de argumentação e assertividade. 


Síntese do Programa
  • Expressão oral e corporal
  • História da oratória
  • Técnicas para apresentação em público
  • Planejamento de apresentações
  • Principais ferramentas e recursos
Requisitos obrigatórios para o curso
  • 18 anos
  • Ensino Médio Completo
Documentos necessários
  • Comprovante de escolaridade
  • Documento de identidade
  • CPF
  • Comprovante de endereço (água, luz ou telefone)
Local de Realização e Turmas
Itajubá
Endereço:Avenida Presidente Tancredo Neves, 273
Bairro:São Judas Tadeu
CEP:37500-000
Telefone:(35)3623-1766

Calendário de turmas Datas de Realização:

14/01/2013 a 25/01/2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Acordo Ortográfico adiado para 2016



           O uso das novas regras ortográficas, que mudam 0,5% das palavras em português, só será obrigatório a partir de janeiro de 2016. Até lá, o emprego do acento circunflexo em duplos "e" e "o" (como em "voo") e do trema -ambos extintos no novo Acordo Ortográfico- continua sendo opcional.
         Como a Folha antecipou na semana passada, o governo federal decidiu adiar para 2016 a obrigatoriedade do texto para sincronizar as mudanças com Portugal.
           Decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff e publicado ontem no "Diário Oficial da União" ampliou em mais três anos o prazo de transição, que venceria no dia 31.
           Apesar de ser encarada como um movimento diplomático, a decisão abre brechas para alterar as regras ou até suspendê-las. No Congresso, senadores já planejam audiências públicas para debater o Acordo e propor mudanças.
            A maior pressão vem de professores de português, que reclamam terem sido excluídos do debate. Contrários ao acordo, eles querem mudanças alegando que as regras se baseiam principalmente em "decoreba" e não seguem uma lógica clara.
         Previsto desde 1990 para padronizar textos escritos nos países de língua portuguesa, o Acordo Ortográfico foi modificado nos anos 2000. Hoje, é obrigatório só em Cabo Verde.
       No Brasil, os setores público e privado já adotam as novas regras. A partir do próximo ano, por exemplo, todos os livros didáticos usados na rede pública terão a nova grafia.
       Dos oito países de língua portuguesa, apenas Angola e Moçambique ainda não assinaram o texto. Portugal só o ratificou em 2008 e optou por um período maior para se adaptar às mudanças.
       Entre as justificativas para alterar a grafia das palavras, está a necessidade de reduzir o custo econômico de produção e tradução de livros, de melhorar o intercâmbio cultural, de promover uma maior integração entre os países lusófonos e, ainda, de facilitar a difusão de novas tecnologias. 

(Fonte: Folha de S. Paulo - 29/12/12)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

"A pintura não foi feita para enfeitar paredes. A pintura é uma arma, é a defesa contra o inimigo." (Picasso)




         Pablo Picasso (1881-1973) é um dos maiores pintores do século XX. Artista original e de extensa produção, que em certa época se aproximou do movimento surrealista, é considerado um dos pais do cubismo. Foi também um artista engajado, como prova sua obra Guernica, que denunciou, em 1937, os horrores da guerra civil espanhola.

                                     
(As Senhoritas de Avignon, quadro com que Picasso rompe com a profundidade espacial, ao representar as figuras numa simultaneidade de planos, iniciando, assim, seu período cubista.)


(Guernica, painel de 350 x 780cm, leva o nome da cidade bombardeada pelos nazistas no dia 26 de Abril de 1937, durante a Guerra Civil Espanhola. 
   Dizem que, durante uma exposição,  um oficial nazista indagou a Picasso: Foi você quem fez isso? Ele respondeu: Não, vocês fizeram isso, eu só pintei! Após o fim da Guerra Civil, Picasso permitiu que a obra fosse emprestada ao Museu de Arte Moderna de Nova York, com a condição de que Guernica retornasse à Espanha somente quando a ditadura Franquista caísse. Em 1981, com a morte do ditador Francisco Franco, a obra voltou ao território espanhol, onde hoje reside no Centro de Arte Reina Sofía, em Madrid.)

                                            

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Enem 2012: Mais de 826 mil redações tiveram 3ª correção, segundo MEC


         Segundo o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)órgão do Ministério da Educação responsável pela aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), 826.798 das redações (20,1% do total) foram corrigidas por um terceiro avaliador, por causa da discrepância entre as notas atribuídas pelos dois corretores originais. Outros 100.087 textos tiveram que ser submetidos a uma banca examinadora, porque se manteve a diferença de mais de 200 pontos entre as notas dos três avaliadores.
       A divulgação das informações ocorreu no mesmo dia em que estudantes de pelo menos 13 cidades protestaram contra as notas das redações divulgadas na semana passada. Eles consideram as notas injustas e  querem que o MPF (Ministério Público Federal) e a Defensoria Pública acionem a Justiça para obrigar o MEC a liberar a vista das redações e abrir um prazo de recurso. Este grupo de alunos, que se organizou por meio do Facebook, quer que isso ocorra antes da abertura das inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que seleciona os candidatos para a maioria das universidades federais exclusivamente pela nota do Enem. 
     No total, foram corrigidas 4.113.558 redações, de acordo com o Inep, sendo que 1,82% estavam em branco e  1,76% tiveram nota zero, por não cumprirem as regras propostas no enunciado. 
(Fonte: UOL, 3/1/13)


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quatro sabores

Foto: 4 deliciosos sabores (tradicional, casadinho, napolitano e doce de leite). Encomenda da Letícia....

Doce de leite, tradicional, napolitano e casadinho: encomenda da Letícia no final do ano!

Brigadeiros DaLou no coquetel de formatura do Colégio XIX de Março

Foto: Falta só um dia para o sorteio de Natal dos Brigadeiros DaLou!
Para concorrer a uma deliciosa porção M destes brigadeiros, basta você curtir (de novo ou pela primeira vez) a imagem abaixo!
Dia 24, fique de olho! O sorteado do mês será conhecido nesta página aqui!

Promoção de Natal

Foto: A sorteada na promoção de Natal foi Izabel Zanesco! Parabéns, estes brigadeiros são seus!
Você que não ganhou, aguarde o sorteio do outro mês ou encomende os seus...rsrsrsrs

A sorteada na promoção de Natal foi Izabel Zanesco! 
Você que não ganhou, aguarde o sorteio do outro mês ou encomende os seus...rsrsrsrs

Notas máximas e mínimas do Enem 2012


          O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou no dia 28/12/12 as notas máximas e as mínimas de cada área da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012. Veja:

ENEM 2012: ESCALA DE PROFICIÊNCIAS MÁXIMAS E MÍNIMAS


Ciências humanasCiências da naturezaLinguagens e códigosMatemática
Mínima
295,6
303,1
295,2
277,2
Máxima
874,9
864,9
817,9
955,2

          (Fonte: UOL, 28/12/12)